Viver em um mundo sem cor seria como viver sem sentimentos.
E mesmo assim a maioria, generalizada, das pessoas que conheço, seja pessoalmente ou que chegam até mim como possíveis clientes preferem ambientes neutros. Cores claras, tons que não enjoem.

Está tudo bem, desde que você realmente seja essa pessoa.

Um dos maiores medos da minha vida adulta é estar fazendo algo não porque realmente quero, mas porque confundo o meu querer com o que me foi dito que eu deveria querer, faz algum sentido aí?

O que martela em minha cabeça então é por que as pessoas, no geral, têm tanto medo de ousar, de misturar texturas, cores, padronagens. Por que enquanto o neturo é tão exaltado o colorido é considerado tão pontualmente?

E eu cheguei a uma possível conclusão.

Por sermos influenciados, obviamente, por aquilo que mais vemos, e eu não tenho dúvidas de que dentro do design de interiores o que mais vemos são referências neutras e tons pastel, e por termos – ou pelo menos a maioria das pessoas – uma tendência de achar que nossos gostos não podem ser melhores do que os dos profissionais, acabamos considerando que ambientes mais suaves são os melhores, ou quem sabe os mais “certos”.

Antes eu achava que gostar ou desgostar de algo era intrínseco e realmente nosso.
Gosto de azul e não gosto de rosa.

Depois, bem depois na verdade, eu entendi que existe uma construção muito mais profunda, de referências, de indução, de cópia de gostos das pessoas que estão ao nosso redor, e pouco, muito pouco, incentivo para que descubramos o que realmente NÓS gostamos.

Se isso vale para encontrar a profissão que te faz feliz, vale também para ter a sua casa como uma forma de representar quem você é.

Nesse trabalho de entender e descobrir o que eu gosto, as cores passaram a fazer muito mais sentido.

Como forma de expressão.
Como despertador de emoções.
Como fonte de criatividade.

Ser designer de interiores me desafia, como pessoa, a saber ouvir o que os meus clientes esperam dos ambientes, e nessa relação eu os desafio a pensarem se o que eles estão me dizendo é realmente o que eles querem, ou então algo que foi visto tantas vezes, repetido em tantas imagens, glorificados em tantas redes sociais, que eles passaram a querer, mas que, não necessariamente, os representem.

É por isso que referências são tão importantes na hora de aprendermos sobre nós, nossos gostos e preferências.
Existem alguns profissionais e até pessoas que se arriscam no DIY cujo portifólio eu amo acompanhar.

Separei algumas imagens como inspirações pra conseguirmos dar “cara” à tudo que estamos falando aqui, e quem sabe, você comece a imaginar se seria possível aí que ambientes coloridos assim fossem montados.

Dica pra você começar a se entender: repare no que sente quando olha para as imagens

Algumas pessoas vão se sentir alegres, outras sufocadas. Esses com certeza são indicativos do que funciona para você e do que não.

fonte: oldbrandnew.com
fonte:pinterest
fonte: oldbrandnew.com
fonte: oneroomchallenge.com
fonte: casa vogue


Existem muitos mistérios no design de interiores e o que quero fazer é aqui é justamente desmistificar esses conceitos, jogar novas ideias e apresentar possibilidades.

No instagram da mercê estou ensinando como descobrir qual tipo de decoração combina realmente com você, além de sempre levantamos questões que nos ajudam a entender melhor como podemos nos representar na nossa própria casa, se você ainda não segue a gente só clicar no ícone está aqui em baixo no rodapé.

Um abraço,
Eliziê Ribeiro.

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Eliziê Ribeiro
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